quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Usinas Hidrelétricas do Rio Madeira


EFMM A FERROVIA DO DIABO 3


Madeira-Mamoré é candidata ao título de Patrimônio Cultural da Humanidade Campanha, em Rondônia, busca assinaturas a favor do título junto a Unesco. No Brasil, apenas 19 patrimônios foram reconhecidos pela organização.

Pátio da ferrovia foi tombado pelo Iphan em 2006 (Foto: Taísa Arruda/G1)
Pátio da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em Porto Velho 
A centenária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em Porto Velho, é candidata ao título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).  Desde o ano passado, o comitê pró-candidatura realiza uma campanha em todo o estado, a fim de recolher assinaturas a favor do título à ferrovia.
No Brasil, apenas 19 patrimônios foram reconhecidos pela Unesco. “A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré é uma das mais fantásticas páginas da história do Brasil, tem um valor universal excepcional, atende aos requisitos da Unesco e tem plenas condições de se tornar uma patrimônio cultural da Humanidade”, afirma o coordenador da comitê pró-candidatura, o procurador Federal Ricardo Leite”.
Segundo Leite, com o título, a ferrovia passará a ser incluída em roteiros turísticos internacionais, passando a ter proteção internacional permanente e recursos para conservação e preservação do patrimônio, além da questão de geração de empregos e visibilidade mundial ao estado.”É uma campanha de todos, e todos podem participar, contribuindo para exaltar o maior símbolo de Rondônia”, finaliza o coordenador.

A HISTORIA DA ESTRADA DE FERRO MADEIRA MAMORÉ EM RONDONIA

PARTE 2

A HISTORIA DA ESTRADA DE FERRO MADEIRA MAMORÉ EM RONDONIA

PARTE 1 DA HISTORIA DE NOSSO ESTADO

Artesãos de RO são reconhecidos por trabalho feito com argila Cerca de três mil peças são produzidas por mês em Pimenta Bueno. Artesãos do município estão entre 100 melhores do país.


Aurilda Gama trabalha com o marido na produção de peças com argila (Foto: Paula Casagrande/G1)
Os cerca de 30 artesãos da Associação de Artesãos (AAPB) de Pimenta Bueno (RO) contam com a criatividade e a inovação para garantir a diversificação de peças feitas com argila. Em setembro de 2012, os artesãos do município foram os únicos de Rondônia, representando a região Norte do país, a se consolidarem no Top 100 de Artesanato, promovido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Uma média de três mil peças é produzida por mês, no município.
Sob as mãos firmes de Raimundo Ramos Soares, artesão de 50 anos, que trabalha no ramo há 35 anos, a argila ganha forma. “Aprendi a técnica em Rio Branco (AC) e aperfeiçoei no Pará. Em Pimenta, em um só buraco cavado podemos encontrar até três tipos de argila diferentes”,conta o artesão que fabrica cerca de 150 vasos por semana em um ateliê no quintal da casa onde reside. 
Raimundo trabalha há 35 na produção de vasos (Foto: Paula Casagrande/G1)Raimundo trabalha há 35 na produção de vasos
(Foto: Paula Casagrande/G1)
Aurilda Gama, artesã de 51 anos, trabalha há cinco com o marido. “Eu o via fabricando os vasos e comecei a inventar peças diferentes, fazer animais e outros personagens de desenhos. Com a venda das peças conseguimos o dinheiro para manter a casa”, afirma Aurilda, que vende os produtos para Espigão do Oeste, Cacoal e Ji-Paraná.
De acordo com Dalva Marciano de Souza, presidente da AAPB, cada artesão tem uma característica que o define. “Alguns fabricam menos, por exemplo, os que trabalham com peças mais elaboradas, e tem aqueles que fabricam em grande quantidade, como os que produzem vasos”, explica Dalva.
Dalva afirma que, por enquanto, o maior número de vendas é realizado em Rondônia. “O deslocamento de peças artesanais desse material é difícil. Ficaria muito caro fazer uma embalagem para proteger as peças de argila para não quebrar, o que encareceria o valor final. Esperamos algum dia poder suprir a necessidade de estados vizinhos”, finaliza.
As peças produzidas em Pimenta Bueno custam de R$ 5 a R$ 500.
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Raimundo mostra o local onde as peças são produzidas (Foto: Paula Casagrande/G1)Raimundo mostra o local onde as peças são produzidas (Foto: Paula Casagrande/